8 de agosto de 2014

CARTA DENÚNCIA DO DESGOVERNO CARLIN MOURA


Os/as trabalhadores/as em educação vem a público denunciar os desmandos do Secretário de Educação Ramon Santos e o não cumprimento dos acordos pelo Governo Carlin Moura.
Hoje nega merenda aos trabalhadores/as. De acordo com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) nº001/2014, que trata da merenda escolar, a cláusula primeira, item 3 prevê o per capta e o porcionamento de todos alimentos a serem servidos segundo o público a ser atendido definido no Plano Nacional da Alimentação Escolar (PNAE), tal questão não tira a responsabilidade da Secretária de Educação em tratar com dignidade e respeito o/a servidor/a, que vive na prática uma jornada dupla de trabalho, enviando verba específica para sua alimentação no local de trabalho conforme anunciado pelo Secretário de Educação, José Ramoniele, em reunião no início do ano com o sindicato e já informada a categoria naquela ocasião.
Após 56 dias de uma greve sustentada por trabalhadores/as que ousaram lutar por respeito e valorização, os problemas vivenciados pela categoria se acumulam dia a dia, gerando indignação e adoecimento nos/nas profissionais da educação.
A omissão na solução dos problemas e o não cumprimento dos acordos revelam a falta de seriedade de um governo que assumiu a prefeitura com um discurso de valorização, diálogo e respeito, mas que em suas ações tem demonstrado o contrário.
 As ações da Secretaria de Educação passam longe dos princípios da impessoalidade: falta de transparência na oferta de flexibilização; não recomposição dos quadros de trabalhadores das escolas e CEMEI’s, retirando assim o direito ao tempo de planejamento e estudo dos professores e sobrecarregando os demais, além de trazer prejuízo ao atendimento aos estudantes; alteração no processo do Projeto Mais Educação, sem critérios claros na seleção e sem respeitar o vínculo deste com a escola em que trabalha; contrato milionário com ONG para prestar serviço terceirizado de contratação de trabalhadores para as escolas de tempo integral e outros.
Ações autoritárias que desorganizam a vida dos/as trabalhadores/as sem nenhuma discussão ou preparo anterior, demonstrando total desrespeito aos mesmos, aos estudantes e ao projeto político das unidades escolares e Educartes.  
Ocorrem nesse momento processos disciplinares contra dirigentes escolares, que cumprindo deliberação coletiva da categoria, não enviaram o calendário na data estabelecida pela SEDUC, uma vez que na prática da gestão democrática e participativa existem instâncias que devem ser respeitadas, como a Assembleia dos Trabalhadores, o Colegiado Escolar e Assembleia Escolar. Desconsiderando esses instrumentos democráticos, o Governo Carlin Moura ainda pune quem os considera.
Desrespeito à autonomia das escolas ao ignorar a os espaços de participação social citados e a voz da comunidade na definição do calendário de reposição, apesar das mesmas estarem cumprindo 200 dias letivos e 800 horas conforme prevê a Legislação Federal.
Somado a todas essas questões, o decreto de férias-prêmio, que completou um ano que foi acordado, não foi publicado; o reajuste de 5,8% que não foi cumprido; puniu os trabalhadores que prorrogam jornada de trabalho com o não pagamento dos salários durante a greve, acordo político feito durante a greve e reafirmado na Audiência do Prefeito com o Sindicato.
Para piorar a situação, o Secretário Adjunto de Administração, Professor Guimarães, recusou-se a reunir-se com o Sindicato, no dia 05/08, quando discutiríamos mais uma vez a posição do Governo Carlin Moura e de seus Secretários Ramon Santos (Educação), Evandro José da Silva / Irineu Inácio (Administração), Rodrigo Cupim (Governo) de não efetivar acordos assinados em mesa de negociação. Somado a isso, vemos o silêncio da Câmara Municipal de Contagem, principalmente dos Membros da Comissão de Educação: Ver. Alex Chiodi, Ver. Jair Tropical, Ver. Décio Camargos que não apóiam de forma efetiva o debate travado pela educação pública municipal.

Ainda, cabe-nos denunciar, o crescente assédio moral sofrido por trabalhadores da educação, acarretando em profundo adoecimento da categoria. Problema este que cabe, Por definição de lei, ao Governo Municipal combater de forma efetiva e constante, protegendo a vítima dos efeitos de tal prática na administração pública.

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