Na manha desta quarta-feira (13), os funcionários públicos
de Contagem se reuniram na praça do Iria Diniz, no bairro Eldorado, para
protestar, contra os descaso por parte do governo municipal em diversos setores
da cidade. Após a concentração, interrompendo o trânsito na Avenida João César
de Oliveira, os servidores saíram em passeata até o Big Shopping.O ato,
intitulado Dia da Greve Geral do Funcionalismo de Contagem teve a participação
do Sind-Ute Contagem, SindSaúde Contagem, Sindiscon, Sindicado dos Engenheiros
e Sindicato dos Arquitetos.
Com indícios de greve, a palavra de ordem foi desrespeito. A
paralisação geral dos servidores públicos da educação, da saúde e da
administração pública é uma forma de chamar a atenção dos governantes do
município para a difícil situação em que se encontram as categorias. De acordo
com a diretoria do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-Ute
Contagem), a cidade vive uma situação caótica, já que os profissionais não são
respeitados.
"A expectativa é que o governo se mova no sentido de
apresentar alguma proposta para as reivindicações da categoria. A proposta para
a educação foi de 0% de reajuste e nenhum movimento de valorização com relação
ao plano de saúde ou no plano de carreira".
Os trabalhadores em educação reivindicam o reajuste do Piso
Salarial Nacional, que este ano está em 13,01% e melhores condições de trabalho
nas escolas. O governo municipal já sinalizou que não tem verba para conceder
qualquer tipo de aumento, inclusive o repasse da inflação, mas a categoria não
irá aceitar o arrocho salarial. Durante o ato, eles pediam socorro por meio de
um grito de guerra simbolizando a situação: “0% eu não aceito, eu me dedico é
100%”.
Ao ser questionada sobre o reajuste oferecido de 0%, a
diretoria do Sind-Ute Contagem revelou que, por meio de um estudo realizado à
pedido da categoria "foi constatado que nos últimos sete anos a Prefeitura
Municipal de Contagem sempre teve um superávit, ou seja, um acúmulo de
arrecadação que caiu em 2014. Assim, percebe-se que houve uma má administração
dos recursos públicos para se chegar ao ponto de oferecer 0% de reajuste".
Indignados, os manifestantes afirmaram que a cidade está
totalmente abandonada e os setores públicos sucateados. "É um absurdo
oferecer 0% de reajuste salarial aos profissionais", lamentara os
funcionários públicos. Na ocasião, a diretoria do Sind-Saúde de Contagem
lembrou as dificuldades para desempenhar o trabalho e ressaltou a importância
da reivindicação. "Não temos estrutura para trabalhar, não temos materiais
adequados, mas aqui não existe categoria imobilizada. Estamos aqui hoje
mostrando que os sindicatos têm força. Essa é a luta dos trabalhadores de
Contagem", enfatizaram.
Calendário de lutas da educação
Nesta quinta-feira (14), acontece o buzinaço da educação com
concentração no Iria Diniz, nos períodos da manhã e tarde; já a nova assembleia
geral com indicativo de greve está agendada para o próximo dia 19. No mesmo
dia, os trabalhadores da saúde também prometem cruzar os braços, caso o governo
municipal não melhore a proposta para a categoria. Vale lembrar que as reduções
dos trabalhadores da educação já começaram a acontecer desde a última
terça-feira (12).
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