16 de julho de 2015

TERCEIRIZAÇÃO EM GOVERNO COMUNISTA FAZ SUAS VÍTIMAS

Na quarta-feira (15), trabalhadores terceirizados que ocupam os cargos de auxiliar de serviços gerais e porteiro nas escolas municipais de Contagem realizaram um protesto na porta da prefeitura da cidade reivindicando o pagamento do salário, bem como os benefícios a que têm direito.

Desde o dia 1º deste mês sem receber, cerca de 200 servidores se uniram e fecharam a rua onde fica localizada a Prefeitura Municipal de Contagem (PMC), no bairro Camilo Alves, em busca de uma solução. Na ocasião, os manifestantes contaram com o apoio do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais – Sind-Ute Contagem, que esteve presente.

De acordo com o grupo de manifestantes, a empresa terceirizada Ampla, responsável pelos contratos, fechou as portas e nenhum representante foi encontrado. “Ao entrar em contato com a empresa, fui atendida pelo dono, Alexandre que informou apenas que diante do não cumprimento por parte da prefeitura, os salários não foram e nem serão depositados”, contou a auxiliar de serviços gerais Lucimar Aparecida Stangherlin.

A trabalhadora revelou ainda que o proprietário da Ampla deixou claro que não está recebendo nenhuma verba da Prefeitura de Contagem e que, por isso, os trabalhadores estão sofrendo as consequências. “A empresa está fechada há 15 dias, e nós não temos salário, nem acerto. Nós precisamos de uma resposta. A PMC é corresponsável pelos trabalhadores. Nós fomos contratados dentro da prefeitura na presença da Seduc e exigimos um retorno e, claro, nosso salário”.

No entanto, a Secretaria de Educação de Contagem (SEDUC) informou que a prefeitura pagou a empresa e que a falta de pagamento dos funcionários não seria um problema do governo municipal.

Diretores do Sind-UTE Contagem estiveram na SEDUC para buscar esclarecimentos e apoiarem os manifestantes, na última terça-feira (14). Eles informaram que o jogo de empurra permanece e o problema continua sem solução.  

Importante destacar que, por várias vezes o sindicato levou ao governo a denúncia de atraso no pagamento dos funcionários terceirizados. “Já é um absurdo que este governo, dito comunista, tenha dado continuidade ao processo de terceirizações iniciados no governo Marília (PT) agora cometem outro absurdo ao abandonem os/as trabalhadores/as e dizerem que não é um problema deles. No entanto entendemos que é preciso que alguma providência seja tomada pelo governo Carlim Moura (PCdoB e aliados), no sentido de cobrar a responsabilidade da empresa contratada pela prefeitura. Ninguém pode ser conivente com o tratamento dado pela empresa Ampla aos trabalhadores e o governo municipal é corresponsável pela situação, além de tê-la provocado, ao utilizar-se da terceirização no serviço público, uma prática neoliberal. Agora tem o dever, inclusive moral, de buscar meios de resolvê-la por isso temos que cobrar”, avaliou a diretoria do sindicato.
Nesta tarde, a diretoria do Sind-UTE/ Contagem apresenta juntamente aos/as trabalhadores/as terceirizados, uma denúncia ao Ministério do Trabalho sobre o fato ocorrido e recebeu orientações de como dar andamento à questão.

Na manhã de quinta- feira (16), os/as trabalhadores reuniram-se na subsede para receber orientações jurídicas e receberam um representante do Sind-Asseio, sindicato que busca representá-los para tirarem encaminhamentos sobre o fato.


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